A minha mãe, professora há quase trinta anos, sabe tudo o que é história e provérbio popular e é rara a situação em que algum deles não se aplica. Há dois dias na galhofa, relembrou-me uma que já não ouvia há muito:
"Uma rapariga pobre de uma aldeia, só tinha para vestir um vestido castanho mas, não querendo dar parte fraca perante as vizinhas, mais abastadas do que ela, chegava à janela e perguntava à mãe, que estendia roupa:
- Mãezinha, que vestido levo hoje?
E a mãe respondia:
- O encarnado?
A filha respondia:
- Não, hoje está frio para vestir o encarnado.
A mãe ripostava:
- Então leva o amarelo.
Uma nova desculpa surgia da boca da filha, para não poder levar o amarelo e percorridas todas as cores da paleta cromática, a filha prontamente rematava:
- Olhe mãezinha, levo o vestido castanho!"
Isto para dizer que, não sendo literalmente este o caso (visto que no meu roupeiro não habita somente um "vestido castanho"), há dias em que é exasperante olhar, olhar, voltar a olhar e não saber o que vestir...
Nestes dias, se calhar, sempre sai à cena o vestido castanho!
As mulheres sofrem esse drama diário... tanta roupa e nada para vestir.
ResponderEliminarNão conhecia. As mulheres são geniais, de facto! ;)
ResponderEliminarCisca