sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Ela é

A minha irmã pediu em tempos há minha mãe que lhe escrevesse um livro, sobre ela. Nunca aconteceu.
Pensei que, por tudo o que se tem passado na vida dele nos últimos tempos, pela desesperança num futuro risonho, pelo desespero em dar um rumo à vida dela aos 23 anos, poderia ser eu a fazê-lo.
Será um acréscimo ao presente de Natal. Será um miminho. Será (mais) uma tentativa de lhe tocar o coração e de lhe fazer ver o quão genial ela é. Porque, indubitavelmente, ela é.

Tentarei que percorra episódios nossos de quando éramos pequeninas. Situações daquelas que guardo para mim num cantinho especial. Talvez ela nem se lembre de algumas. Tentarei mostrar-lhe, na minha humildade (e de quem só tem mais 3 anos que ela) que acreditar na vida vale a pena. Tentarei meter naquela cabeça maluca que "quando vem de dentro, ser o melhor é apenas uma questão de tempo".

Deixo um episódio:


"Lembro-me de estarmos no hall de entrada da nossa casa antiga, a brincar com o quadro de giz preto. Eu na primeira classe, queria à viva força brincar às escolas e, tentava a todo o custo ensinar-te a desenhar as letras “a”, “e”, “i”, “o” e “u”. Tu, coitadinha, pequenina, com pouco mais de dois anos, pegavas no giz e, com dificuldade, tentavas dar o teu melhor e agradar-me. Eu, com o meu feito, marcado desde sempre, gritava contigo e zangava-me “É assim! Não vês que é fácil!” (e exemplificava, como se tu me fosses perceber).  Chamava-te nomes e ficava furiosa por não fazeres tudo direitinho. Oh… tu querias era brincar."

Cafezinha

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Dos presentes

Um já está arrumado! Dia 11 de Janeiro estamos em Londres e às sete e meia da tarde o Queen's Theater espera por nós para vermos Les Miserables. Outro para lá caminha... O J. já tem parte do presente, o restante está a ser carinhosamente estudado. E é isto! Das pessoas mais importantes só faltam Pai e Mãe.

Pai é fácil! O mesmo de sempre. Que lhe dá gozo receber. Que nos facilita imenso a vida. Que sabemos que agradamos sempre. Livros, CD's, DVD's... Cultura aos molhos. A única dificuldade é conseguir comprar coisas que ele não tem.

Mãe... Ai, Mãe... É difícil escolher. É difícil agradar. Parece que nada de nada se enquadra verdadeiramente bem. É sempre uma tarefa árdua e este ano não será excepção.

Cafezinha

Já é quinta-feira!

Já é quinta-feira! Yeiii!

Faltam menos de 48 horas para estar com o J., para estarmos de fim-de-semana, para estarmos entre amigos.
Tenho saudades de estar sentada à mesa horas e horas, naquela cumplicidade que só os que são "da casa" compreendem e partilham, entre conversas e palhaçada. 
Quando terminamos a Universidade há coisas incontornáveis e se, com muito esforço mutuo, os laços não se perdem, as presenças habituais acabam por se alterar. Não conseguimos estar sempre todos juntos como em tempos estivemos... 
As conversas via "qualquer meio válido" mantêm-se vivas, no entanto, se num fim-de-semana qualquer conseguimos juntar 4 ou 5 já é sinónimo suficiente para festa.

E então que, estou em contagem decrescente.

Cafezinha

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O estagiário

No sítio onde trabalho está um miúdo (não que o resto da malta seja velha, temos todos entre 25 e 30) a estagiar que, coitado... Suspeito eu que apanha por aqui as maiores secas da vida dele!

Até finge um ar interessado e esforçado mas, rara azar, está mesmo na linha dos meus olhos (quando eu os tiro do computador) e, de cada vez que olho, pimba: ele é um ar desensofrido, ele é um ar desesperado, ele é um ar entediado, ele é um ar de "salvem-me por favor". 

Cafezinha

Do frio

Mas que frio é este?

Tenho cá a impressão que o meu cérebro vai congelar e depois...puff, não há mais nada a fazer! Já para não falar que antes disso acontecer me devem cair as pontas dos dedos das mãos, mais precisamente da mão direita, por estar horas ao relento agarrada ao rato.

Sou uma pessoa que sofre verdadeiramente com o frio. A comprovar isso está um episódio de há uns anos: subia eu umas escadas a muito custo, toda encolhida e a tiritar de frio, enquanto dizia repetidamente "Estou a sofrer de frio! Estou a sofrer de frio!". No meio daquela parvoeira toda, tropeço e espalho-me ao comprido. Claro está que foi a risota geral. Mas para mim foi um sofrimento acrescido.

Vai daí que, não há um dia destes em que o frio aperte, que eu não me lembre deste pequeno (e sofredor) incidente.

Cafezinha

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Ao meio ou ao lado?!

Há uns dias alguém se virou para mim e disse "Mas quem é que ainda usa risco ao lado? Isso já não se usa!".

Meti o rabinho entre as pernas e respondi, com uma boca muito pequenina, "eu". Isto deixou-me a pensar... Usei anos a fio risco ao meio. Depois, passei ao risco ao lado. E, há dois dias, voltei a experimentar o risco ao meio.

Sinto-me como que a ajustar a uma pele nova!

Cafezinha

Xô, maus espíritos!

Bom dia!

Hoje vou ao ginásio. Às seis da tarde rumo àquele local em que, da última vez, já não me lembrava literalmente do caminho.

Estou a fazer um esforço para que as coisas, no geral, corram bem. Acordei e tomei um banho quente, estiquei o cabelo, maquilhei-me e vim cheia de força trabalhar.
Estou em modo optimista, ou a forçar-me a sê-lo, e creio que pode dar bons frutos. É um bocado aquela política do "se não for eu a esforçar-me, ninguém o fará por mim". Tenho que, activamente, desviar todos aqueles pensamentos do estilo "apetece-me ficar em casa de pijama o dia inteiro" e, só assim, as coisas podem encarrilhar.

Não sofro de depressão mas sou uma pessoa que facilmente entra num registo fatalisto-depressivo. Vejo o lado mau de tudo, remoo as situações más e entrego-me à tristeza facilmente. Não pode ser!  Estou decidida a contrariar isso. Xô, maus espíritos!

Cafezinha

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Chiça, que dificuldade!

Depois de ter estado 3476234 horas a tentar encontrar uma data (e um preço) que convenha a toda a gente que é suposto ir a bordo, por hoje, desisto! Chiça, que dificuldade!

Eu digo: "metia-me no primeiro avião (para onde quer que fosse)".

Eles, os complicados, ripostam: "porque hoje é cedo", "porque amanhã é tarde", "porque depois faz frio"...

(Uma promessa: Eu vou!)

Cafezinha

Há gente que não se costuma enganar com as pessoas

Há gente que não se costuma enganar com as pessoas. Há gente que mal bate os olhos em alguém "tira-lhe logo o estilo". A minha melhor amiga é assim. Não se costuma enganar.

Eu diria que, não por ingenuidade, mas talvez em muito derivado da profissão, dou sempre o benefício da dúvida. Espero até meterem a pata na poça e, mesmo depois disso, tento perceber o que levou a pessoa a fazer o que fez. Na maioria das vezes só para concluir que mais valia ter ficado quieta.

Isto tudo para dizer que no gabinete onde trabalho há uma miúda (começo a perceber a minha mãe quando chama "rapariga" a pessoas da idade dela) que tem ar de ser uma pessoa impecável. É simpática, parece-me trabalhadora, já se fartou de viajar (e eu acho que tem uma pinta incrível)!
Hoje demorámo-nos à conversa e, continuei a ser agradavelmente surpreendida.

Agora estou um bocado naquela de convidá-la para tomar um café com o meu grupinho e ver se ela passa no sensor da minha bff. Não me chamem má, mas estou farta de conhecer gente que até se aproxima para depois concluir que nem um "Olá" tinham valido a pena.

Cafezinha

Do dia de hoje

O dia correu bem.  

Parece uma afirmação que a maioria das pessoas faria com facilidade, com brevidade.

Estranhamente bem. 

Estranhamente porque: o trabalho rendeu, não houve acessos de "quero desaparecer daqui e deixar esta porcaria toda como está", não houve ansiedades. Houve até vontade de ficar a trabalhar para além da hora suposta. Vá se lá perceber... 
Só concluo que este tipo de sentimentos a uma segunda feira são muito positivos e ajudam a passar uma semana que, pelo J. estar longe, parecia ser interminável.

Cafezinha

Do espírito natalício

O espírito natalício começa a instalar-se, aos poucos, por toda a parte e, por aqui, também não é excepção.

Confesso que acho uma certa piada àqueles que dizem que os presentes não contam nada e que queremos é paz e saúde. Pois queremos, mas os presentes também têm o seu papel nesta quadra. Falo por mim, poucas coisas me dão tanto prazer como pensar no presente ideal para determinada pessoa, idealizar a sua reacção ao abri-lo e, constatar a dita na noite do dia 24.

Pois é, e por aqui os presentes principais já estão quase todos decididos. Este ano e, porque estamos em crise, o número por pessoa decresce mas, em virtude da qualidade. 

Estou desejando de ver as caras que me rodeiam quando perceberem a surpresa que estou a tecer!

E estamos em contagem decrescente...

Cafezinha

domingo, 25 de novembro de 2012

Da ordem das coisas

É-me difícil conviver com desarrumação crónica! E cá por casa moram dois seres que são a desarrumação em pessoa. Por vezes, chego a perguntar-me como posso ser filha de alguém assim?! Não há ninguém que circule tão bem no caos como a minha mãe, o que para mim é um verdadeiro desespero. Preciso de ordem à minha volta, para me manter em ordem.

Cafezinha

Destes dias...

Ontem, depois de quase um mês (ou mais) consegui ter tempo (e vontade) para pintar as unhas. Hoje, apesar de ser domingo, há trabalho para fazer... A motivação não é muita (as always). Entretanto viajo entre easyjet, zara, ryanair, zilian, e por aí fora, com vontade de comprar tudo e mais um par de botas (descobri esta expressão recentemente e adequa-se que nem uma luva).

Sinto-me entorpecida... Estou de tal modo presa à realidade e incomodada com essa prisão que não consigo vir aqui e unicamente escrever sobre qualquer coisa, simples, que me apeteça. A minha cabeça é constantemente redireccionada num sentido que não é necessariamente aquele que quero - a porcaria do trabalho e tudo o que gira em torno dele. 

Vejo que há pessoas que gostam do que fazem, que são felizes assim. Pergunto-me se é um sentimento genuíno? Cada vez mais me convenço que isso comigo não vai acontecer. Tirei uma licenciatura, um mestrado e agora, convicta de que ia gostar muito da minha profissão, vejo-me todos os dias mergulhada numa desilusão e num não-saber-o-que-fazer, pois isto não me traz rigorosamente felicidade nenhuma.  

Conto os dias para o que estou a fazer terminarem. Faço figas para que alguns projectos não avancem só para não ter de me ver metida neles. Isto é tão negativo... 

Cafezinha

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Desabafos

Estou tão desanimada, tão irritada, tão farta disto que é um daqueles dias que nem que caíssem corações do céu me passava esta neura.

Sinto um cansaço a acumular-se que, mesmo que durma mais horas do que o normal, não consigo recuperar. Ontem às dez e meia da noite já me custava ter os olhos abertos e então, vivo com aquela sensação de casa, trabalho, casa que me sufoca. Mesmo que queira, e quero muito, faltam-me energias para fazer algo mais (e as aulas de inglês e o ginásio continuam a não fazer parte do panorama, o que me consegue irritar ainda mais).

Enfim... desabafos...

Cafezinha

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Boa samaritana

Ontem o J. ontem esteve doente. Eu, armei-me em boa samaritana, dei uma de preocupadinha e lá fui, cheia de canjinhas e remédios para o menino. E... pimba!

Agora, aqui estou eu cheia de arrepios, dor de cabeça, de garganta, cabeça a latejar e a tremer de medo que venha por aí uma amigdalite (só tive uma vez na vida mas jurei para nunca mais!).

Cafezinha

sábado, 17 de novembro de 2012

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Resoluções de fim-de-semana

É sexta-feira, yeah! (Estou a brincar, detesto a música!)

Mas sim, é sexta-feira e a coisa encaminha-se para o caminho certo. 
Amanhã é dia de trabalho (também) mas a partir das sete da tarde até segunda-feira prometo manter-me afastada deste teclado. Prometo namorar muito. Prometo descansar muito.

E "prontos" são estas as resoluções de fim-de-semana.

Cafezinha

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A caminhar para o final da semana

É bom quando se aproxima o final da semana e as coisas, no geral, apesar de ainda não estarem prontas, já estão a ficar encaminhadas! 

Cafezinha

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Já faltou mais para me ir embora

Já sabia que hoje ia ser um dia meio sofrido.
Que sono se está a abater sobre a minha pessoa! "Sai prá lá!"

São tantas coisas a acontecer simultaneamente que a minha caximónia sente-se abatida. Três projectos em curso ao mesmo tempo e em dois deles estou na linha da frente (a levar com tudo o que é bom mas, também, com tudo o que é mau - emails, telefonemas, sms, pessoas... Se soubesse que era assim, preferia ter sido veterinária).

Entretanto, estou aqui na ânsia e a pedir a todos os santinhos para o jantar de hoje ser cancelado e, assim, eu poder ir a correr muitooo rápido para terras do J. Preciso de arejar o cérebro, sob pena de curto-circuito.

E sim, já faltou mais para me ir embora... Amanhã é dia de workshop e ainda tenho de ir estudar artigos. 

Cafezinha

Discussões

Por aqui discutem-se futuros, relações e futuros das relações!

Cafezinha

03:10...

03:10...

O trabalho durou até tarde... Em vez de ir a correr para a cama, rendi-me a mais um episódio de Revenge. Estou completamente viciada.
Amanhã nem quero pensar no que me vai custar abrir os olhos e saltar da cama. No que me vai custar passar um dia inteirinho ao computador a resolver todo o tipo de situação, mais ou menos cabeluda.

Já viveram com a sensação de ainda ser segunda/terça feira e parecer que já é sexta? É assim que estou. Acreditei, ingenuamente, que depois daquela semana miserável o trabalho ia diminuir. Pois claro, está mesmo a ver-se que sim... Não sei para onde me virar, não tenho tempo sequer de respirar. Estou a ansiar por sábado às sete da tarde!

Hoje é dia de dormir sozinha, talvez também por isso ainda não tenha cedido a fechar o pc e enroscar-me Nele, debaixo do quente das mantas. 

Queria voltar ao ginásio... Mas com estas lindas horas quem é que acorda cedo para ir correr? As minhas pestanas não, certamente. No entanto, o corpo já grita por exercício a sério. O desgaste destes dias tem-se acumulado e sente-se, inevitavelmente... O curso de inglês também na lista de espera. Oh miséria! 

Tivessem os dias 48 horas e eu viveria três vidas no lugar de uma só.

Até amanhã.

Cafezinha

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Carta de Amor

És o meu maior amor. 

És o meu amor para o resto da vida.

És a pessoa a quem dedico a minha existência.

És a minha maior doçura.

És a minha esperança no futuro.

És, tantas e tantas vezes, a minha maior força.

És o meu porto de abrigo.

És um sonho constante.

És o desejo certo do futuro.

És o riso, o sorriso, o olhar.

És cada toque, cada mimo, cada beijinho.

És o prazer da minha vida.

És o abraço do adormecer, o do acordar.

És o meu lugar.

És a ânsia do amanhã.

És o pequenino, o anjo

És o Amor da minha vida.

És TUDO.


Estou assim tão apaixonada... Fazer o quê?

Cafezinha

Ai rapariga, trabalha!

Tanto trabalho e não consigo parar de pensar:

- em namorar;
- no Natal;
- em escolher um destino para uma (ou duas) viagen(s);
- em devorar a série Revenge (que já tinha ouvido falar - muito bem - mas que ainda não tinha tido oportunidade de averiguar).

Eu até ando motivada, mas o cérebro não pára de me desviar... Os dias deveriam ter muitas mais horas e estas estarem assim "irmãmente" (desconfio que não se escreva assim) divididas em lazer e prazer. (Ah, e irmãmente não significa obrigatoriamente um 50-50. Normalmente um irmão é maior do que o outro!)

Ai rapariga, trabalha!

Cafezinha

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

De volta

Estou de volta.

Voltei maior, voltei diferente. Voltei a acreditar no esforço e na recompensa. Voltei a acreditar que o impossível pode tornar-se possível. Voltei com mais ânimo. Voltei com mais vontade de trabalhar. Voltei com menos disponibilidade para o tédio.

A semana que passou foi de crescimento, pessoal, profissional, interpessoal...
Percebemos que há pessoas diferentes. Que há pessoas a quem podemos mostrar tudo de nós. Que há pessoas com quem podemos ser genuínos, admitir medos, fraquezas, revelar o que temos de melhor. Depois, há as outras. Com quem temos de ser falsos (a forma pejorativa que eu usava, antes desta semana). Afinal, o que temos de ser é, apenas, cautelosos, menos abertos, menos crentes. Penso que passa muito por aí...

Ontem, e hoje também, surgiram conversas profundas, diferentes no seu conteúdo mas que me deram um impulso tão grande "cá dentro". Uma vontade de mergulhar em tanta coisa nova, profissional e pessoal.

O trabalho é muito, não decresceu como eu previa e, secretamente, ansiava. A noite adivinha-se longa mas, vamos lá...

Cafezinha