terça-feira, 24 de julho de 2012

Pela boca morre o peixe

Ontem à noite dei comigo a pensar sobre alcunhas (epíteto, geralmente fundado nalguma particularidade física ou moral do indivíduo ao qual ele se atribui), mais precisamente nas alcunhas amorosas.

Os casais, na generalidade, mais tarde ou mais cedo, acabam sempre por encontrar aquele nome privado (ou nem tanto) para se apelidarem carinhosamente um ao outro. Apesar de não adorar este tipo de coisas, o grave para mim é quando entramos na parte do nem tanto. Não me sinto nada confortável quando algum casal amigo começa em conversas nas quais estou inserida a tratarem-se pela dita alcunha. É lamechas, não é prático e, tenho cá para mim que, são aquelas coisinhas de casal que fazem sentido enquanto ficam entre os dois. Se assim não for, perde-se um pouco o intuito.
Depois há ainda que ter a noção do tipo de nome que se aplica à outra pessoa (em público): o vulgar "Amor" (ou "Môr", para os mais preguiçosos) não envergonha ninguém mas está um bocadinho fora de época. O problema maior é quando a coisa entra pelos nomes mais personalizados e surgem os babe, popotinha, rainha, e etc... Não gosto e quando oiço até me arrepio!

Obviamente, terei de dar a mão à palmatória e admitir que, pela boca morre o peixe. Passados quase dois anos e meio também tenho com o J. alcunhas que saem à cena com mais frequência... São personalizadas mas também são simples e, principalmente, são só nossas. Raramente acontecem em frente a terceiros e quando calha, é muito rápido e discreto. 

2 comentários:

  1. Por vezes com o hábito as alcunhas saiem sem pensar, também me acontece muito, mas é porque estou habituada a chamar o meu namorado assim!

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  2. É tal e qual o que me começa a acontecer... Mas convenhamos que há alcunhas que não são para ser tornadas públicas!! ;)

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