O que tem de ser...

Depois de uma manhã e uma tarde passadas entre o choro e a reflexão, vem o conformar-me com a situação.

Depois de muito CVs enviados, chegou uma resposta. (Nem sei se desejada ou não!)

Uma proposta para estágio profissional, obrigatório ao exercício da minha profissão, e, no reverso da moeda, este ser um estágio não remunerado.

Desesperei! Reunião agendada com a entidade promotora do estágio, 99% de perspectivas disto tudo ir para a frente e eu... a fazer contas de cabeça.

Mais um ano sem ver um cêntimo, mais um ano na dependência dos meus pais para tudo e mais alguma coisa, mais um ano a trabalhar numa área que não é, nem de perto nem de longe, algo que eu queira. Mas, o cenário é tão, tão mau que vou ter que me sujeitar.

E isto custa-me. Custa-me pensar em mim como uma pessoa que até tem o seu potencial e que pelas normas (absurdas) impostas pela Ordem terei de ficar um ano a patinar, quase a regredir. Isto revolta-me, entristece-me e entristece todos aqueles que me vêem embaixo neste momento.

Detesto ver-me entre a espada e a parede, sem outra solução e forçada a aceitar uma coisa que vai contra tudo o que acho correcto.

Não vejo a hora deste próximo ano passar e quem me conhece, sabe o quanto me é difícil viver assim, tão contrariada, tão a fazer as coisas mais por necessidade do que por prazer e convicção. Mas... como diz o ditado, o que não tem remédio, remediado está e o que tem de ser tem muita força.

Vamos lá a mais uma etapa.