Não sou pessoa de me meter nas coisas, sejam elas quais forem, e não as levar até ao fim. Desde simples a mais sérias. Não sou, nem simpatizo especialmente com atitudes desse género. Neste caso, trata-se de um livro.
Até aos dias de hoje orgulho-me de dizer que deixei apenas um livro por concluir. Não fui, de todo, capaz. A escrita era tenebrosa, a história não interessava nem ao menino Jesus e, por mais que tenha tentado ser perseverante, a irritação que me estava a causar ter de ler a obra-prima era em tudo contrária ao prazer que é suposto retirar de uma leitura assim. Decidi deixá-lo de lado.
Neste momento, estou a ler De Olhos Fixos no Sol e, não que se trate de um mau livro, nem de perto nem de longe, mas estou tentada a encostá-lo por um tempo.
As razões são várias:
1) É um livro a atirar para o técnico, com muitos exemplos de casos concretos de psicoterapia e, sinceramente, não estou muito para aí virada agora;
2) É um livro que fala sobre como enfrentar o medo da morte e, também muito sinceramente, neste momento não me parece algo muito apelativo;
3) Terceira e última razão, amanhã chega-me às mãos o livro novo da Pipoca e, para este finalzinho de Verão penso que prefiro de longe uma leitura mais light e agradável do que propriamente a que tenho em mãos.
No entanto, e porque já li 113 páginas do dito e me faltam umas 110 (sim, estou mesmo no meio da travessia do deserto), vou tentar dar despacho à coisa até o Estilo, disse ela aterrar.
Detesto deixar livros por terminar. Detesto. Até hoje só deixei igualmente um. A leitura era tão desmotivante que não tive outra hipótese. Mas um dia hei-de dar-lhe nova oportunidade.
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